MÁ SINA SER ESCOLA ABANDONADA POR TODOS
RECEBEMOS O TEXTO QUE SE SEGUE. OPORTUNO NUM MOMENTO EM QUE O NOVO ANO LECTIVO ARRANCA E EM QUE CONTINUA (será?...) A DISCUSSÃO PÚBLICA DA REVISÃO CURRICULAR DO ENSINO SECUNDÁRIO!
Má sina ser escola abandonada por todos.
> Arsélio Martins
>
> Estamos em período de discussão pública da revisão curricular do
> ensino secundário apresentada por este governo, depois do
> congelamento da revisão proposta pelo anterior.
> Muitas das propostas de medidas e de programas são as mesmas da
> revisão congelada, mesmo nos aspectos que antes foram combatidos nas
> arenas das eleições ou das manifestações das oposições juvenis. Quase
> podíamos dizer que mais valera não ter congelado e atrasado por dois
> anos a aplicação dessa revisão. Este tempo de espera só foi preciso
> para afirmação do governo a frio onde era preciso o calor de
> políticas para a melhoria das práticas das escolas e das comunidades
> escolares. O problema do ensino (e da saúde e do trabalho em geral)
> não está tanto nos normativos gerais, mas mais na qualidade das ideias
> e práticas sociais que sustentam o (mau) sistema.
>
> Pode retirar-se a Literatura Portuguesa aos alunos que pretendem
> seguir estudos literários? Não. E é grave que sejam opcionais
> disciplinas específicas necessárias para a vida ou para o
> prosseguimento dos estudos. Um aluno de Ciências Sociais pode optar
> por não ter Matemática Aplicada às Ciêncais Sociais ou um aluno de
> Ciências e Tecnologia pode ser livre de escolher não estudar Física?
> Grave ainda é ver diminuídas as áreas de projecto que significam a
> iniciativa autónoma dos estudantes, quando sabemos que pior dos que os
> resultados dos exames nacionais são os indicadores sobre a
> incapacidade de iniciativa empreendedora dos jovens. Flexibilizar as
> escolhas do imprescindível é abandono escolar.
>
> As imagens da instituição escolar, desde o estado das instalações
> físicas até às formas de desorganização dos horários de trabalho sem
> exigência e respeito pelo serviço público são veículos de deseducação
> e desleixam pais e estudantes.
> Há incapacidade da nação (e de cada comunidade locall) para debelar a
> doença do absentismo e abandono da escola pelos jovens. Os números
> nacionais são assustadores, mas ainda mais assustador é o que não se
> faz para debelar tal doença social.
>
> A escola é fundamental como instrumento social de preparação dos
> jovens para sobreviverem em sociedades cada vez mais exigentes e
> complexas, não como lar de espera da idade adulta, Não temos mais
> tempo para fazer o mesmo que era preciso há trinta anos. Temos mais
> tempo de escola, porque temos de saber muito mais do que antes.
>
> Perceber isto é querer ter melhores anos. A começar por 2003.
Má sina ser escola abandonada por todos.
> Arsélio Martins
>
> Estamos em período de discussão pública da revisão curricular do
> ensino secundário apresentada por este governo, depois do
> congelamento da revisão proposta pelo anterior.
> Muitas das propostas de medidas e de programas são as mesmas da
> revisão congelada, mesmo nos aspectos que antes foram combatidos nas
> arenas das eleições ou das manifestações das oposições juvenis. Quase
> podíamos dizer que mais valera não ter congelado e atrasado por dois
> anos a aplicação dessa revisão. Este tempo de espera só foi preciso
> para afirmação do governo a frio onde era preciso o calor de
> políticas para a melhoria das práticas das escolas e das comunidades
> escolares. O problema do ensino (e da saúde e do trabalho em geral)
> não está tanto nos normativos gerais, mas mais na qualidade das ideias
> e práticas sociais que sustentam o (mau) sistema.
>
> Pode retirar-se a Literatura Portuguesa aos alunos que pretendem
> seguir estudos literários? Não. E é grave que sejam opcionais
> disciplinas específicas necessárias para a vida ou para o
> prosseguimento dos estudos. Um aluno de Ciências Sociais pode optar
> por não ter Matemática Aplicada às Ciêncais Sociais ou um aluno de
> Ciências e Tecnologia pode ser livre de escolher não estudar Física?
> Grave ainda é ver diminuídas as áreas de projecto que significam a
> iniciativa autónoma dos estudantes, quando sabemos que pior dos que os
> resultados dos exames nacionais são os indicadores sobre a
> incapacidade de iniciativa empreendedora dos jovens. Flexibilizar as
> escolhas do imprescindível é abandono escolar.
>
> As imagens da instituição escolar, desde o estado das instalações
> físicas até às formas de desorganização dos horários de trabalho sem
> exigência e respeito pelo serviço público são veículos de deseducação
> e desleixam pais e estudantes.
> Há incapacidade da nação (e de cada comunidade locall) para debelar a
> doença do absentismo e abandono da escola pelos jovens. Os números
> nacionais são assustadores, mas ainda mais assustador é o que não se
> faz para debelar tal doença social.
>
> A escola é fundamental como instrumento social de preparação dos
> jovens para sobreviverem em sociedades cada vez mais exigentes e
> complexas, não como lar de espera da idade adulta, Não temos mais
> tempo para fazer o mesmo que era preciso há trinta anos. Temos mais
> tempo de escola, porque temos de saber muito mais do que antes.
>
> Perceber isto é querer ter melhores anos. A começar por 2003.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home