A PROPÓSITO DO BURACO FINANCEIRO NA CGD...
O buraco no Grupo CGD (Caixa Geral de Depósitos) teve origem na rede que este grupo do Estado controla em Espanha, o Banco Simeon.
Trata-se de um buraco que terá tido origem na gestão fraudulenta de um director do Banco Simeon realizada não recentemente mas já algum tempo. Mas só se soube agora!
A CGD ainda é formalmente um banco de capitais públicos, como se sabe. Mas sendo público em que é que se diferencia de um banco de capitais privados?
Os administradores da CGD serão diferentes dos administradores de um qualquer banco privado? É óbvio que não. Uns e outros cultivam o mesmo tipo de gestão para as empresas. Um tipo de gestão onde a participação dos trabalhadores (de qualquer nível hierárquico!) é diminuta e a caminho do zero.
Os bancos de capitais privados, controlados por grupos económico-financeiros, e a CGD, banco público, controlado pelo accionista Estado de perfil liberalizante e pró-capitalista, não são bancos diferentes, são bancos iguais.
O Estado que temos é um Estado que não é abstracto quanto à sua orientação e dominação político-ideológica e quanto ao seu perfil classista. É um Estado Burguês que mantém os cidadãos arredados do seu direito de participação a todos os níveis da sociedade, incluindo a economia, e mais, impede, cria obstáculos, à participação social e democrática.
Trata-se de um Estado que não dá quaisquer garantias de assegurar a transparência na gestão das empresas. É um Estado que nunca saberá reagir a fraudes como aquela que aconteceu no grupo CGD. É um Estado controlado por aqueles que cultivam a regra da superioridade do privado sobre o público...
Nos dias da globalização capitalista, o Estado nacional e burguês acaba por se tornar numa marionete dessa globalização. Quem nos garante que este Estado Burguês controla as lavagens de dinheiro, evita a corrupção nas empresas públicas e privadas, impõe a aplicação da lei que diz respeito à gestão de qualquer empresa pública ou privada?
O furor privatizador da lógica liberal-capitalista precisa de um Estado como o que temos. É um Estado amigo dos liberais e dos capitalistas ... porque nada faz!
No quadro da economia liberal e capitalista mil e um buracos por gestão danosa são de esperar ... embora só uns quantos são noticiados!!
Obviamente não pedimos ao Parlamento que legisle para termos um outro Estado Democrático, Social e voltado para a criação de condições para uma intervenção generalizada e sistemática dos cidadãos e dos trabalhadores. Apelamos, isso sim, ao desenvolvimento e coordenação das lutas sociais e populares por uma alternativa de esquerda com um programa que:
• Reconheça a necessidade da participação dos trabalhadores no controlo e na gestão das empresas;
• Reconheça e dê força aos órgãos democráticos dos trabalhadores em cada empresa, pública ou privada;
• Encontre no movimento sindical um interlocutor necessário e sério para a definição da orientação económica do país;
• Proponha a planificação democrática da economia por contraposição à actual crescente anarquia do salve-se quem puder e do domínio dos patrões e suas organizações.
Trata-se de um buraco que terá tido origem na gestão fraudulenta de um director do Banco Simeon realizada não recentemente mas já algum tempo. Mas só se soube agora!
A CGD ainda é formalmente um banco de capitais públicos, como se sabe. Mas sendo público em que é que se diferencia de um banco de capitais privados?
Os administradores da CGD serão diferentes dos administradores de um qualquer banco privado? É óbvio que não. Uns e outros cultivam o mesmo tipo de gestão para as empresas. Um tipo de gestão onde a participação dos trabalhadores (de qualquer nível hierárquico!) é diminuta e a caminho do zero.
Os bancos de capitais privados, controlados por grupos económico-financeiros, e a CGD, banco público, controlado pelo accionista Estado de perfil liberalizante e pró-capitalista, não são bancos diferentes, são bancos iguais.
O Estado que temos é um Estado que não é abstracto quanto à sua orientação e dominação político-ideológica e quanto ao seu perfil classista. É um Estado Burguês que mantém os cidadãos arredados do seu direito de participação a todos os níveis da sociedade, incluindo a economia, e mais, impede, cria obstáculos, à participação social e democrática.
Trata-se de um Estado que não dá quaisquer garantias de assegurar a transparência na gestão das empresas. É um Estado que nunca saberá reagir a fraudes como aquela que aconteceu no grupo CGD. É um Estado controlado por aqueles que cultivam a regra da superioridade do privado sobre o público...
Nos dias da globalização capitalista, o Estado nacional e burguês acaba por se tornar numa marionete dessa globalização. Quem nos garante que este Estado Burguês controla as lavagens de dinheiro, evita a corrupção nas empresas públicas e privadas, impõe a aplicação da lei que diz respeito à gestão de qualquer empresa pública ou privada?
O furor privatizador da lógica liberal-capitalista precisa de um Estado como o que temos. É um Estado amigo dos liberais e dos capitalistas ... porque nada faz!
No quadro da economia liberal e capitalista mil e um buracos por gestão danosa são de esperar ... embora só uns quantos são noticiados!!
Obviamente não pedimos ao Parlamento que legisle para termos um outro Estado Democrático, Social e voltado para a criação de condições para uma intervenção generalizada e sistemática dos cidadãos e dos trabalhadores. Apelamos, isso sim, ao desenvolvimento e coordenação das lutas sociais e populares por uma alternativa de esquerda com um programa que:
• Reconheça a necessidade da participação dos trabalhadores no controlo e na gestão das empresas;
• Reconheça e dê força aos órgãos democráticos dos trabalhadores em cada empresa, pública ou privada;
• Encontre no movimento sindical um interlocutor necessário e sério para a definição da orientação económica do país;
• Proponha a planificação democrática da economia por contraposição à actual crescente anarquia do salve-se quem puder e do domínio dos patrões e suas organizações.
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