2003-11-20

GNR's, jornalistas e Viriato

Um texto que nos foi enviado pelo Paulo Jorge Ambrósio.

Ninguém gostaria de encontrar a sua própria casa assaltada, danificada e com o recheio saqueado. Ninguém gostaria de ver os seus mortos ou estropiados durante o assalto. Ninguém, em sua casa, se agradaria em ver estranhos levantarem a voz e imporem regras humilhantes. Foi tudo isto que fizeram as tropas americanas e os seus lacaios no Iraque.

Ninguém, mesmo nessas circunstâncias, gostará que lá entrem mais visitas indesejáveis. Foi essa a mensagem que foi dada anteontem em Nassíria ao nouvel contingente da GNR. Ninguém verá com bons olhos que visitas não convidadas entrem, e sem bater à porta. Foi isto que a comitiva de jornalistas portugueses ontem levianamente fez. Agora, sujeitam-se às consequências...

Dizer isto será fazer apologia dos bandos armados e do terrorismo internacional? Não nos esqueçamos que nós próprios somos descendentes de pastores-guerrilheiros que, há muitas luas, combateram vitoriosamente nos Montes Hermínios as inúmeras e poderosas legiões imperiais romanas de ocupação, reconquistando o direito a uma pátria livre e soberana.

Mas se o fizessem nos dias de hoje, e da maneira retrógrada como marcha o mundo, fariam os lusitanos certamente parte do rol das organizações consideradas terroristas, que atentam contra a segurança da comunidade internacional. Viriato teria a cabeça a prémio e, caso capturado vivo, um passaporte carimbado para a ilha de Guantanamo.