A PROPÓSITO DE UM DEBATE SOBRE O BRASIL ...
O jornal Ruptura (orgão oficial da FER, integrante do Bloco de Esquerda e secção portuguesa de uma das muitas e muitas organizações que se reinvidicam da 4ª Internacional, aqui chamada de Liga Internacional dos Trabalhadores) organizou na cooperativo GESTO, no Porto, um debate sobre o que se passa no Brasil. De um lado, um militante do PT, do outro lado, um ex-militante do PT e actual dirigente do PSUT do Brasil.
O debate foi uma feliz iniciativa até porque o tema é pertinente e actual para qualquer esquerda que se preocupe com as realidades do mundo em que vivemos. A importância do debate pode não mobilizar as massas, mas as consciências que mobiliza são suficientes para fazer brotar mil e uma interrogações que interessam às esquerdas que têm a coragem de pensar uma alternativa para o mundo que nos impõem, afirmando socialismo e liberdade ao mesmo tempo que rejeitam os totalitarismos, nas suas versões estalinistas e liberais.
O Brasil é um cadinho de experiências políticas moldadas por movimentos sociais diversos que não devem deixar adormecer as esquerdas. Falou-se de Lula para se renovar a vontade de mudança radical não se cedendo às tentações de um liberalismo que se veste de democrático, apesar de em cada esquina ser desmentido por lógicas de guerra, de controlo policial, de economias dos mais fortes...
Apesar de Lula e do seu governo com individualidades de esquerda mas com políticas neo-liberais, o Partido dos Trabalhadores é uma realidade social com tradições incontornáveis de esquerda e de enraizamento no movimento operário e popular. Apesas das expulsões e dos ataques à democracia interna no seio do PT, aplicadas pela direcção do partido de Lula, será que este partido perdeu a sua base social? Será que a base social do PT será insensível às claras traições do governo e da direcção lulistas? O apelo a um novo partido é compreendido pela imensa massa social que votou Lula e que continua a querer mudança radical?
O Brasil é parte de um continente que representa, em cada uma das suas parcelas nacionais, o exemplo mais evidente do falhanço das políticas impostas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). Falar do Perú, da Argentina, da Venezuela e da Bolívia é falar de razões que tornam evidentes as preocupações quanto às consequências das políticas neoliberais e pró-FMI de Lula. Lula e o seu governo parece que não vêm ou não querem ver, tal a bebedeira de liberalismo em que se mergulharam...
No debate lembrou-se, e bem, que por estes dias está a começar o Fundo Social Mundial, desta vez, em Bombaim, na Índia. Um FSM de mobilizações nunca dantes imagináveis. Mas mobilizações que se têm revelado também de incapacidade para a definição de uma alternativa global internacional ao liberalismo globalizado que se contesta. Corre-se o risco da certeza dominante abafar as muitas incertezas contestárias se não houver coragem, visão e determinação para se lançarem os alicerces - sólidos! - de uma alternativa internacional que se liberte dos fantasmas passados!
Estes debates, como este organizado pelo Ruptura, são benvindos. Mesmo que se note que a realidade social dos movimentos sociais e sindical continua ... à margem!
O debate foi uma feliz iniciativa até porque o tema é pertinente e actual para qualquer esquerda que se preocupe com as realidades do mundo em que vivemos. A importância do debate pode não mobilizar as massas, mas as consciências que mobiliza são suficientes para fazer brotar mil e uma interrogações que interessam às esquerdas que têm a coragem de pensar uma alternativa para o mundo que nos impõem, afirmando socialismo e liberdade ao mesmo tempo que rejeitam os totalitarismos, nas suas versões estalinistas e liberais.
O Brasil é um cadinho de experiências políticas moldadas por movimentos sociais diversos que não devem deixar adormecer as esquerdas. Falou-se de Lula para se renovar a vontade de mudança radical não se cedendo às tentações de um liberalismo que se veste de democrático, apesar de em cada esquina ser desmentido por lógicas de guerra, de controlo policial, de economias dos mais fortes...
Apesar de Lula e do seu governo com individualidades de esquerda mas com políticas neo-liberais, o Partido dos Trabalhadores é uma realidade social com tradições incontornáveis de esquerda e de enraizamento no movimento operário e popular. Apesas das expulsões e dos ataques à democracia interna no seio do PT, aplicadas pela direcção do partido de Lula, será que este partido perdeu a sua base social? Será que a base social do PT será insensível às claras traições do governo e da direcção lulistas? O apelo a um novo partido é compreendido pela imensa massa social que votou Lula e que continua a querer mudança radical?
O Brasil é parte de um continente que representa, em cada uma das suas parcelas nacionais, o exemplo mais evidente do falhanço das políticas impostas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). Falar do Perú, da Argentina, da Venezuela e da Bolívia é falar de razões que tornam evidentes as preocupações quanto às consequências das políticas neoliberais e pró-FMI de Lula. Lula e o seu governo parece que não vêm ou não querem ver, tal a bebedeira de liberalismo em que se mergulharam...
No debate lembrou-se, e bem, que por estes dias está a começar o Fundo Social Mundial, desta vez, em Bombaim, na Índia. Um FSM de mobilizações nunca dantes imagináveis. Mas mobilizações que se têm revelado também de incapacidade para a definição de uma alternativa global internacional ao liberalismo globalizado que se contesta. Corre-se o risco da certeza dominante abafar as muitas incertezas contestárias se não houver coragem, visão e determinação para se lançarem os alicerces - sólidos! - de uma alternativa internacional que se liberte dos fantasmas passados!
Estes debates, como este organizado pelo Ruptura, são benvindos. Mesmo que se note que a realidade social dos movimentos sociais e sindical continua ... à margem!
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