2003-09-10

OS 11 DE SETEMBRO: 1973 E 2001 - A Paz merece uma oportunidade!

Amanhã decorrem 2 anos sobre o 11 de Setembro das "Torres Gêmeas" e 30 anos sobre o 11 de Setembro de Allende golpeado por Pinochet. Do primeiro fala-se e diz-se o que se deve e mais o que convém. Sobre o segundo ... perguntem ao Bush o que é que ele pensa ... se é que pensa porque talvez nem saiba o que foi! Separados por quase 30 anos de distância, os dois 11 de Setembro relembram a responsabilidade das Administrações Norte-Americanas num Planeta dominado por pequenas e grandes guerras ... sempre com os EUA a buscarem a sua "liderança" mundial no semear de medos que colhem depois "soluções" que só as Administrações Americanas "sabem" como aplicar... Os dois 11 de Setembro lembram também as milhares de mortes que aconteceram: as que aconteceram sem terem nenhuma culpa das trapalhadas e das mentiras que as Administrações EUA semeam, e, também as que aconteceram porque um povo estava comprometido com dia-a-dias de mudança social! Perguntem a Kissinger e a Rumshefeld se não é assim!... Depois de 11 de Setembro de 1973 no Chile, a "Paz" (?) que o amigo do Sr.Nixon, Gen.Pinochet, deu aos chilenos foram anos de desaparecimentos, de assassinatos e de perseguições. Depois do 11 de Setembro de 2001 em Manhattan, a "Paz" (?) que o Sr.Bush ofereceu aos americanos foi uma guerra no Iraque que está longe de terminar, foi o terrorismo a aumentar, foi novamente os americanos a pedirem que os "rapazes regressem a casa"... Os americanos não são todos Bush, tal como os chilenos que sabiam o que era a democracia com Allende não tinham nada de nada a ver com Pinochet e a sua Junta. Em 1973, a Administração americana semeava o "perigo comunista"; em 2001, a Administração americana semeava e semeia o "perigo terrorista"... Mas o que parece é que tal como Nixon não se conseguia "afirmar" no Planeta sem o tal "perigo comunista", também o Bush (pai e filho!) nada consegue sem a ajuda do tal "perigo terrorista"! Em 30 anos, a consciência mundial tem ganho capacidade de mobilização popular. Na oposição às guerras, na denúncia dos atentados às liberdades, na recusa da "lógica" imposta pela globalização liberal. Entre os dois 11 de Setembro, o Planeta passou da bipolarização entre duas super-potências com vontade totalitária, para uma bipolarização entre uma super-potência com vontade totalitária e um movimento popular mundial que se sabe mobilizar mas que tem de saber ser alternativa para um outro Planeta de Paz, de Justiça, de Liberdade onde a vontade dos Povos seja respeitada e aplicada! O Bush e os seus amigos não sabem o que isto é ... mas não faz mal nenhum!

João Pedro Freire
(Editor)

OS 11 DE SETEMBRO: 1973 E 2001 - A Paz merece uma oportunidade!

Amanhã decorre 2 anos sobre o 11 de Setembro das "Torres Gémeas" e 30 anos sobre o 11 de Setembro de Allende golpeado por Pinochet. Do primeiro fala-se e diz-se o que se deve e mais o que convém. Sobre o segundo ... perguntem ao Bush o que é que ele pensa ... se é que pensa porque talvez nem saiba o que foi!
Separados por quase 30 anos de distância, os dois 11 de Setembro relembram a responsabilidade das Administrações Norte-Americanas num Planeta dominado por pequenas e grandes guerras ... sempre com os EUA a buscarem a sua "liderança" mundial no semear de medos que colhem depois "soluções" que só as Administrações Americanas "sabem" como aplicar...
Os dois 11 de Setembro lembram também as milhares de mortes que aconteceram: as que aconteceram sem terem nenhuma culpa das trapalhadas e das mentiras que as Administrações EUA semeam, e, também as que aconteceram só porque um povo estava comprometido com dia-a-dias de mudança social! Perguntem a Kissinger e a Rumshefeld se não é assim!...
Depois de 11 de Setembro de 1973 no Chile, a "Paz" (?) que o amigo do Sr.Nixon, Gen.Pinochet, deu aos chilenos foram anos de desaparecimentos, de assassinatos e de perseguições.
Depois do 11 de Setembro de 2001 em Manhattan, a "Paz" (?) que o Sr.Bush ofereceu aos americanos foi uma guerra no Iraque que está longe de terminar, foi o terrorismo a aumentar, foi novamente os americanos a pedirem que os "rapazes regressem a casa"...
Os americanos não são todos Bush, tal como os chilenos que sabiam o que era a democracia com Allende não tinham nada de nada a ver com Pinochet e a sua Junta.
Em 1973, a Administração americana semeava o "perigo comunista"; em 2001, a Administração americana semeava e semeia o "perigo terrorista"... Mas o que parece é que tal como Nixon não se conseguia "afirmar" no Planeta sem o tal "perigo comunista", também o Bush (pai e filho!) nada consegue sem a ajuda do tal "perigo terrorista"!
Em 30 anos, a consciência mundial tem ganho capacidade de mobilização popular. Na oposição às guerras, na denúncia dos atentados às liberdades, na recusa da "lógica" imposta pela globalização liberal.
Entre os dois 11 de Setembro, o Planeta passou da bipolarização entre duas super-potências com vontade totalitária, para uma bipolarização entre uma super-potência com vontade totalitária e um movimento popular mundial que se sabe mobilizar mas que tem de saber ser alternativa para um outro Planeta de Paz, de Justiça, de Liberdade onde a vontade dos Povos seja respeitada e aplicada!
O Bush e os seus amigos não sabem o que isto é ... mas não faz mal nenhum!

2003-09-09

MÁ SINA SER ESCOLA ABANDONADA POR TODOS

RECEBEMOS O TEXTO QUE SE SEGUE. OPORTUNO NUM MOMENTO EM QUE O NOVO ANO LECTIVO ARRANCA E EM QUE CONTINUA (será?...) A DISCUSSÃO PÚBLICA DA REVISÃO CURRICULAR DO ENSINO SECUNDÁRIO!
Má sina ser escola abandonada por todos.
> Arsélio Martins
>
> Estamos em período de discussão pública da revisão curricular do
> ensino secundário apresentada por este governo, depois do
> congelamento da revisão proposta pelo anterior.
> Muitas das propostas de medidas e de programas são as mesmas da
> revisão congelada, mesmo nos aspectos que antes foram combatidos nas
> arenas das eleições ou das manifestações das oposições juvenis. Quase
> podíamos dizer que mais valera não ter congelado e atrasado por dois
> anos a aplicação dessa revisão. Este tempo de espera só foi preciso
> para afirmação do governo a frio onde era preciso o calor de
> políticas para a melhoria das práticas das escolas e das comunidades
> escolares. O problema do ensino (e da saúde e do trabalho em geral)
> não está tanto nos normativos gerais, mas mais na qualidade das ideias
> e práticas sociais que sustentam o (mau) sistema.
>
> Pode retirar-se a Literatura Portuguesa aos alunos que pretendem
> seguir estudos literários? Não. E é grave que sejam opcionais
> disciplinas específicas necessárias para a vida ou para o
> prosseguimento dos estudos. Um aluno de Ciências Sociais pode optar
> por não ter Matemática Aplicada às Ciêncais Sociais ou um aluno de
> Ciências e Tecnologia pode ser livre de escolher não estudar Física?
> Grave ainda é ver diminuídas as áreas de projecto que significam a
> iniciativa autónoma dos estudantes, quando sabemos que pior dos que os
> resultados dos exames nacionais são os indicadores sobre a
> incapacidade de iniciativa empreendedora dos jovens. Flexibilizar as
> escolhas do imprescindível é abandono escolar.
>
> As imagens da instituição escolar, desde o estado das instalações
> físicas até às formas de desorganização dos horários de trabalho sem
> exigência e respeito pelo serviço público são veículos de deseducação
> e desleixam pais e estudantes.
> Há incapacidade da nação (e de cada comunidade locall) para debelar a
> doença do absentismo e abandono da escola pelos jovens. Os números
> nacionais são assustadores, mas ainda mais assustador é o que não se
> faz para debelar tal doença social.
>
> A escola é fundamental como instrumento social de preparação dos
> jovens para sobreviverem em sociedades cada vez mais exigentes e
> complexas, não como lar de espera da idade adulta, Não temos mais
> tempo para fazer o mesmo que era preciso há trinta anos. Temos mais
> tempo de escola, porque temos de saber muito mais do que antes.
>
> Perceber isto é querer ter melhores anos. A começar por 2003.